Polícia Federal apreende celulares em operação que investiga ataque a assentamento do MST

  • 13/03/2025
(Foto: Reprodução)
O crime aconteceu no início do ano, em Tremembé, no interior de São Paulo. Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas. Assentamento Olga Benário, do MST, em Tremembé, SP. Rauston Naves/TV Vanguarda A Polícia Federal apreendeu celulares nesta quinta-feira (13) durante uma operação que investiga o ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no interior de São Paulo, no início deste ano. O ataque aconteceu no dia 10 de janeiro, no assentamento Olga Benário, na Estrada Kanegae. Valdir Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 27, foram assassinados a tiros. Seis pessoas também ficaram feridas na ação - entenda mais abaixo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp A PF cumpriu três mandados de busca e apreensão em Taubaté (SP) e Juazeiro (BA). Ninguém foi preso, mas foram apreendidos celulares de pessoas ligadas a suspeitos do crime. Os aparelhos devem ser periciados na sequência das investigações. Nesta semana, a justiça paulista decretou a prisão de quatro pessoas suspeitas de envolvimento no crime. A prisão preventiva dos suspeitos foi decretada após denúncia do Ministério Público de São Paulo. Um dos suspeitos, Antônio Martins dos Santos Filho, mais conhecido como “Nero do Piseiro”, está preso e outros três suspeitos estão foragidos. A denúncia feita pelo MP contou com participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Os promotores responsáveis pelo caso afirmam que o crime foi praticado por motivo torpe, propiciando perigo comum e mediante recursos que dificultaram a defesa das vítimas. “A investigação apontou que um dos autores havia ocupado um lote no assentamento de forma irregular, sendo na oportunidade avisado de que não poderia mais permanecer ali. A situação gerou discussão e ameaças às vítimas, inclusive promessas por parte de um dos autores de que retornaria mais tarde para resolver a questão. Em seguida, ele arregimentou familiares, amigos e conhecidos, tendo retornado ao assentamento no mesmo dia, tarde da noite, para praticar os crimes. No local, os autores efetuaram diversos disparos de armas de fogo, atingindo as vítimas e assumindo o risco de alvejar outras tantas que sequer tomaram parte na discussão”, afirma o Ministério Público. Ainda de acordo com o MP, as investigações continuam para identificar a participação de mais pessoas. MP denuncia envolvidos em ataque ao MST O caso Um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, no interior de São Paulo, foi atacado no início deste ano. O ataque aconteceu no dia 10 de janeiro, no assentamento Olga Benário, na Estrada Kanegae. Dois morreram e seis ficaram feridos. Um dia depois do crime, o então delegado seccional de Taubaté, Marcos Parra, informou em entrevista coletiva que as evidências iniciais apontavam para uma possível disputa por um lote no assentamento como a motivação do crime. Em entrevista à TV Vanguarda na semana do crime, o delegado diretor do Deinter-1, Dr. Múcio Mattos, disse que o ataque não teve nada relacionado contra o MST, mas, sim, a um lote específico no assentamento. “O que foi possível compreender até agora é que o litígio foi nesse lote específico. Não é contra o Movimento [Sem Terra], é contra esse lote. A disputa não é da gleba, é do lote que está desocupado”, disse Múcio Mattos, diretor do Deinter-1 em São José dos Campos (SP). O assentamento do MST que foi alvo do ataque fica na zona rural de Tremembé. Reprodução/TV Vanguarda Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

FONTE: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2025/03/13/policia-federal-apreende-celulares-em-operacao-que-investiga-ataque-a-assentamento-do-mst.ghtml


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