MP denuncia 18 PMs à Justiça Militar no caso Gritzbach; três são acusados de participar do assassinato do delator do PCC
10/05/2025
(Foto: Reprodução) Caso denúncia seja aceita, os policiais responderão por crimes previstos no Código Penal Militar. Os três apontados como executores já são réus por homicídio na Justiça Comum. Vinícius Gritzbach
Reprodução/TV Globo
O Ministério Público de São Paulo denunciou, nesta sexta-feira (9), 18 PMs envolvidos no caso do assassinato de Vinicius Gritzbach — 15 por atuarem na segurança privada do delator do PCC e três por envolvimento direto na execução dele.
Caso a denúncia seja aceita pela Justiça Militar, os policiais responderão pelos seguintes crimes previstos no Código Penal Militar:
Fernando Genauro da Silva (tenente) — organização para a prática de violência armada;
Denis Antônio Martins (cabo) — organização para a prática de violência armada;
Ruan Silva Rodrigues (soldado) — organização para a prática de violência armada;
Giovanni de Oliveira (tenente) — promover e integrar organização criminosa armada;
Thiago Maschion Angelim da Silva (tenente) — falsidade ideológica, prevaricação, promover e integrar organização criminosa armada;
Leandro Ortiz (cabo) — promover e integrar organização criminosa armada;
Wagner de Lima Compri Eicardi (cabo) — promover e integrar organização criminosa armada;
Romarks César Ferreira Lima (cabo) — promover e integrar organização criminosa armada;
Nathan Botelho Roberto (cabo) — promover e integrar organização criminosa armada;
Talles Rodrigues Ribeiro (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;
Leonardo Cherry de Souza (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;
Abraão Pereira Santana (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;
Jefferson Silva Marques de Souza (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;
Alef de Oliveira Moura (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;
Samuel Tillvitz da Luz (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;
Julio Cesar Scalett Barbini (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;
Adolfo Oliveira Chagas (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;
Erick Brian Galioni (soldado) — promover e integrar organização criminosa armada;
Além de terem sido denunciados na Justiça Militar, os PMs apontados como executores do crime já respondem na Justiça Comum pelo homicídio de Gritzbach e do motorista de aplicativo Celso Novais, em novembro de 2024. Denis Martins e Ruan Rodrigues teriam efetuado os disparos de fuzil, enquanto Fernando Genauro os teria levado de carro até o local do assassinato.
A procuradoria de Justiça Militar do MP também se manifestou contra a revogação da prisão preventiva dos soldados Adolfo Chagas, Alef Moura, Erick Galioni e Talles Ribeiro, o que foi pedido pela defesa deles.
Procurada, a defesa do Tenente Genauro e do Soldado Ruan disse que entende como ilegal a denúncia ofertada pelo MP e espera que essa não seja aceita. "A Justiça Militar é incompetente para julgar crimes dolosos contra a vida, sendo competência exclusiva do Tribunal do Júri", afirmou o escritório Ribas & Soares.
A TV Globo tenta contato com os representantes dos demais denunciados para que se manifestem sobre o assunto.
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