Moradores de São João reclamam da falta de insulina e sensor para medição da glicose

  • 13/01/2025
(Foto: Reprodução)
Produtos são garantidos por ordem judicial. Departamento Regional de Saúde de São João informou que eles estão em fase de compra, mas não deu prazo. Moradores de São João reclamam da falta de insulina e sensor para medição da glicose Moradores de São João da Boa Vista (SP) reclamam da falta de insulina e de sensor para medição da glicose. Desde dezembro, eles estão sem os produtos, que são garantidos gratuitamente após decisão judicial. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp O Departamento Regional de Saúde de São João informou que os produtos estão em fase de compra, mas não deu prazo. (veja abaixo o posicionamento). Medição da glicemia prejudicada O filho da designer de sobrancelha Queren Hapuque Gutierres tem 10 anos e, com sete, foi diagnosticado com diabetes tipo 1, doença crônica que faz com que o pâncreas seja atacado pelo próprio sistema imunológico do paciente. Com isso, Daniel passa a produzir pouca ou nada de insulina, hormônio responsável por inserir glicose na células. A partir daí os níveis de açúcar no sangue sofrem operações. A designer de sobrancelha Queren Hapuque Gutierres faz o monitoramento da glicemia do filho Daniel em São João da Boa Vista Leandro Vicari/EPTV "Teve todos os sintomas clássicos de uma glicemia alterada. Pedi para uma amiga minha fazer a pontinha de dedo destro e ali na primeira vez que a gente fez já deu uma glicemia super alta 598. Fomos para o hospital. O Daniel ficou cinco dias internado para controlar essa taxa de açúcar que tava muito alta no sangue. E dali em diante já começou o tratamento dele", afirmou a mãe. A testagem dos níveis pode ser feita furando o dedo com um aparelho ou usando um sensor que fica preso ao corpo e facilmente é medido com a aproximação de um monitor, método usado por Daniel. Mais notícias da região: CRIME: Bandeira com suástica nazista na janela de casa é investigada pela Polícia Civil de Araraquara LATROCÍNIO: Polícia Civil prende suspeito de agredir e matar idoso em roubo a depósito de sucata de São Carlos "A gente tem que medir muitas vezes a glicemia dele e na na de madrugada noite. Enfim são muitas medições mesmo, né? Então fica uma coisa mais fácil. A partir do momento que ele foi diagnosticado, nós já começamos a comprar e entrei com um processo logo de imediato". Cada sensor custa em média R$ 300 e dura no máximo 14 dias. Por meio de ação judicial, muitos pacientes conseguem o aparelho com o Departamento Regional de Saúde, porém nem sempre ele é encontrado em São João da Boa Vista. "Quando nós recebemos então a notícia né que tinha dado certo, ficamos super felizes. A garantia que teu filho vai ter o melhor tratamento, mas não é bem assim que acontece. De lá para cá já aconteceu inúmeras vezes da gente ficar sem o sensor. Agora a gente tá desde dezembro sem pegar esse sensor pela DRS. E a gente quer saber o porquê que acontece, né?", afirmou. Testagem mais de 10 vezes por dia A treinadora de cavalos Luísa Belchior Tavares tem diabetes tipo 1 em São João da Boa Vista Leandro Vicari/EPTV A treinadora de cavalos Luísa Belchior Tavares também tem a mesma condição do Daniel e descobriu com 16 anos. Nem sempre ela consegue parar para medir a insulina e precisa ser testada mais de 10 vezes ao dia. "Se eu tiver hipoglicemia, eu passo o sensor ele fala. Eu já chupo uma balinha. Agora não sem o sensor eu tô sentindo que eu tô passando mal, mas eu não tenho certeza do que eu tô tendo. Aí eu tenho que descer parar o que eu tô fazendo lavar a mão, usar glicosímetro e fazer todo o processo. Acaba me atrapalhando muito mesmo, além de se ter um risco de infecção ali porque o tempo todo furando os dedos", ressaltou. Ela tem medo desses sintomas porque em dezembro de 2017 chegou a ir para UTI por não receber a insulina que precisava. "É uma dor assim que eu falo que eu não desejo pra ninguém, é uma taquicardia que dói demais, é uma falta de ar, uma coisa horrível que o seu corpo já tá ali falando: 'para acabou não dá mais não aguenta mais. Ele tá realmente entrando em choque já. Depois disso eu comecei com sensor a gente começou a comprar. Depois entramos com ação para conseguir que o governo nos fornecesse e melhorou bastante", disse. Desde dezembro, Luísa também não consegue pegar o sensor gratuitamente e muitas outras pessoas de São João da Boa Vista reclamam do mesmo problema. "Fala que já foi feita a compra, voltamos lá e não dão mais nenhuma nenhuma posição. A gente queria resolver esse nosso problema, né?", afirmou Luísa. "A partir do momento que tem ali a ordem judicial, é só questão de pensar que vai usar todo mês essa quantidade. Por que deixar faltar, né? Por que não ter no estoque? Então a gente precisa sim resolver é uma questão de sobrevida", afirmou Queren. O que diz a DRS de São João O Departamento Regional de Saúde de São João disse que a insulina glargina e o sensor que é utilizado pelo Daniel e pela Luísa estão em processo de compra, mas não foi dado um prazo pra normalização. Sobre problemas em outras regiões do estado, a Secretaria Estadual da Saúde não respondeu. Em relação às fitas de glicemia, sensor de bomba de insulina, reservatório e catéter e a insulina tresiba, esses produtos estão com o estoque e o encaminhamento normalizados. VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2025/01/13/moradores-de-sao-joao-reclamam-da-falta-de-insulina-e-sensor-para-medicao-da-glicose.ghtml


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