Falso médico procurado por mortes de pacientes e acusado de forjar a própria morte se entrega e é preso pela polícia

  • 25/06/2025
(Foto: Reprodução)
Fernando Dardis se entregou na terça (24) numa delegacia em Guarulhos, onde acabou sendo preso pela Polícia Civil. Informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Caso foi revelado pelo Fantástico no domingo (22). Fernando Henrique Dardis, o falso médico, foi preso após se entregar Reprodução O falso médico procurado pelos homicídios de duas pacientes e acusado de forjar a própria morte se entregou na terça-feira (24) numa delegacia em Guarulhos, onde acabou sendo preso pela polícia. A informação foi confirmada nesta quarta (25) pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Fernando Henrique Dardis é réu acusado de provocar as mortes de Helena Rodrigues e Therezinha Monticelli Calvim, entre 2011 e 2012, quando atuou como falso médico na Santa Casa de Sorocaba. Ele ainda não foi julgado pelos crimes. O caso foi revelado no domingo (22) pelo Fantástico. "A Polícia Civil informa que um foragido da justiça, de 43 anos, se apresentou junto a seu advogado na tarde de terça-feira (24) no 1º DP [Distrito Policial] de Guarulhos, onde permanecerá à disposição da Justiça. Diligências prosseguem visando o devido esclarecimento dos fatos", informa nota divulgada pela pasta da Segurança Pública. Fingiu ter morrido Site e documento da prefeitura informam que houve troca de nomes de quem foi enterrado no cemitério de Guarulhos. Antes era Fernando Dardis, depois um idoso Reprodução/Fantástico A Justiça decretou a prisão preventiva de Fernando em maio a pedido do Ministério Público (MP). A Promotoria descobriu que ele havia forjado a própria morte para não ser julgado pelos homicídios das pacientes. Fernando responde por homicídio por dolo eventual (quando se assume o risco de matar). Ele é acusado de prescrever remédios e não saber dar o atendimento necessário às vítimas. De acordo com o MP, Fernando conseguiu um atestado de óbito falso de que ele teria morrido por sepse no Hospital Brás Cubas, em Guarulhos, na região metropolitana. O hospital pertence à família dele. Depois disso, ainda segundo a acusação, Fernando forjou documentos do Cemitério Municipal Campo Santo, em Guarulhos, para informar que ele foi enterrado lá. Para isso, colocou no sistema do Serviço Funerário Muncipal o nome dele no lugar do de um idoso de 99 anos, que realmente está sepultado no local. 'Estou vivo', diz falso médico Falso médico já tinha condenação na justiça A equipe de reportagem tenta localizar a defesa de Fernando para comentar o assunto. Em outras ocasiões, seu advogado, Luiz Antonio Nunes, havia informado que a decretação da prisão dele era injusta e desproporcional. E que orientava seu cliente a se entregar. Em um vídeo encaminhado no último domingo por sua defesa, o falso médico disse que vinha "a público esclarecer que está vivo" e agiu sozinho "em um momento de desespero" (veja acima). "Venho a público esclarecer que estou vivo, que agi sozinho em um momento de desespero. Lembrando que a dona Helena foi atendida por mim, foi internada, passou por mais três médicos e veio a óbito. Eu não aceito por não ter nada no processo que me indique esse crime e desculpa a todos os envolvidos", disse Fernando na gravação (veja vídeo acima). Em 2012, Fernando foi condenado pela Justiça por portar distintivo da Polícia Civil e carregar munições em seu carro, mesmo não sendo policial. O caso ocorreu em 2009 em Guarulhos. À época ele havia dito a Polícia Militar (PM) que encontrou o material dentro de uma mochila e o iria entregar numa delegacia. Até 2019, Fernando usava o sobrenome Guerreiro, mas depois conseguiu autorização para assinar Dardis, que herdou do pai biológico. MP quer apuração do Gaeco Investigação: Fantástico descobre paradeiro de homem que simulou a própria morte pra fugir da justiça De acordo com o promotor Antônio Domingues Farto Neto, existe a possibilidade de o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP de Guarulhos participar das investigações sobre o caso porque há suspeita do envolvimento de mais pessoas no esquema criminoso. O Fantástico recebeu uma nota da empresa Med-Tour, que não aparece como sócia do Brás Cubas, mas é de propriedade da família de Fernando. Ela informa que os proprietários receberam com surpresa a notícia narrada pela reportagem e negam envolvimento em qualquer irregularidade. Procurada pelo g1 para comentar o assunto, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou, por meio de um comunicado, que irá apurar o caso do falso médico que atendia pacientes em hospital.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/06/25/falso-medico-procurado-por-mortes-de-pacientes-e-acusado-de-forjar-a-propria-morte-se-entrega-e-e-preso-pela-policia.ghtml


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