Após quase 100 dias na UTI, quadrigêmeas recebem alta do hospital e conhecem avós paternos
19/09/2024
Meninas foram para casa na terça-feira (17) e estão saudáveis. Lavínia, Laura, Helena e Heloísa estavam internadas na UTI neonatal do HCM de Rio Preto (SP) desde o dia 10 de junho e estão saudáveis. Quadrigêmeas recebem alta do hospital em Rio Preto e conhecem avós paternos
Após quase 100 dias internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), as quadrigêmeas que nasceram em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, receberam alta do hospital e conheceram os avós paternos pela primeira vez. As meninas foram para casa na terça-feira (17) e estão saudáveis.
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Lavínia, Laura, Helena e Heloísa nasceram no dia 10 de junho deste ano, prematuras, de uma gestação que durou 28 semanas, ou seja, sete meses. Por serem muito pequenas, precisaram de cuidados intensivos da equipe médica do Hospital da Criança e Maternidade (HCM).
Eloi e Vivian seguram as filhas quadrigêmeas no colo depois da alta do Hospital da Criança e Maternidade (HCM) em Rio Preto (SP)
Eloi Richarti/Arquivo pessoal
Depois de dias na expectativa, o pai das meninas, Eloi Richarti, de 42 anos, compartilhou com o g1 a emoção de viver este momento. Segundo ele, ver as filhas saudáveis nos braços, indo para a casa, foi o melhor presente que recebeu.
Com a alta hospitalar, a família se reuniu na casa dos avós paternos para que conhecessem as netas pela primeira vez. Isso porque, acamada, a mãe de Eloi não pôde ir até a unidade de saúde para presenciar o parto.
“A primeira coisa que nós fizemos foi levar para a casa dos pais, a minha mãe está acamada e eles não conheciam elas. Foram quase 100 dias de UTI e a expectativa só aumentava para conhecer as netinhas”, comenta Eloi.
Quadrigêmeas Lavínia, Helena, Laura e Heloísa nasceram em Rio Preto (SP)
Eloi Richarti/Arquivo pessoal
Agora em casa, a rotina da família mudou completamente. Por isso, o pai reforça que a ajuda dos avós, sogros e amigos tem sido fundamental em meio ao misto de emoção e responsabilidade. Eloi, que sempre sonhou em ser pai, diz que foi tomado quatro vezes mais pelo sentimento de alegria.
“A gente sempre acreditou, esteve confiante de que elas iriam para casa. Tivemos momentos de medo, mas sempre tivemos certeza de que elas iriam as quatro com a gente. Agora, o principal objetivo é que elas cresçam saudáveis e felizes, nós seis, todos juntos. Só momentos de muita alegria.”
Eloi segura certidão de nascimento das filhas quadrigêmeas em Rio Preto (SP)
Eloi Richarti/Arquivo pessoal
Parto antecipado
Viviane e Eloi estão casados há três anos e moram em Olímpia (SP). Após a troca das alianças, eles fizeram várias tentativas para que ela engravidasse de forma natural, mas não obtiveram sucesso.
Lavínia, Laura, Helena e Heloísa são frutos de uma gestação que se desenvolveu por meio de fertilização in vitro, feita em dezembro do ano passado.
Dois embriões foram implantados e, para a felicidade dos pais, foram fecundados. A notícia inicial de que seriam gêmeas se transformou quando os exames revelaram que uma delas havia se dividido em mais duas, dando origem a três gêmeas univitelinas (idênticas) e mais uma irmã de óvulo diferente.
Exame de Viviane Papani, que comprovou que a gestação era de quadrigêmeos em São José do Rio Preto (SP)
Arquivo pessoal
O casal, que sonhava com pelo menos um bebê, teve o pedido atendido em dose quadruplicada. Eloi conta que, após a boa notícia, Viviane teve uma gestação tranquila, apesar de considerada de risco.
A mãe afirmou que foi avisada pelos profissionais de que o parto seria antecipado. Uma equipe com 30 profissionais de saúde participou da cesariana no HCM de Rio Preto. As bebês nasceram por uma cirurgia cesariana, com peso entre 500 e 900 gramas.
'Árvore da vida' com detalhes de cada um dos bebês após o nascimento em São José do Rio Preto (SP)
Arquivo pessoal
Uma "árvore da vida" com características como peso e tamanho das crianças foi feita logo após o nascimento das quadrigêmeas. Em seguida, elas foram encaminhadas para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal para desenvolvimento.
Em junho, a mãe das meninas, Viviane Papani, de 38 anos, segurou as filhas no colo pela primeira vez. À reportagem, ela contou que conseguiu fazer o método “canguru” que consiste em colocar o recém-nascido em contato com o corpo dos pais por duas horas. Viviane recebeu alta médica no dia 13 de junho.
Mãe segura filhas no colo pela primeira vez após dar à luz quadrigêmeas em Rio Preto (SP)
Viviane Papani/Arquivo pessoal
Nascimento histórico
Segundo a Prefeitura de Olímpia, cidade onde as meninas foram registradas, uma consulta no Cartório de Registro Civil da cidade, o sistema, que possui dados desde a década de 30, confirmou que este é o primeiro caso de quadrigêmeas do município e um dos únicos de toda a região.
O nascimento histórico deixou não só os familiares, mas também amigos do casal muito felizes e na torcida para o começo de uma nova fase.
Lavínia, Laura, Helena e Heloísa vieram ao mundo em Rio Preto (SP)
Prefeitura de Olímpia/Divulgação
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